sábado, 29 de novembro de 2008

ASPECTOS GEOPOLÍTICOS: PRINCIPAIS FOCOS DE TENSÃO DO CONTINENTE AFRICANO

A África foi, pelo menos até 1991, um continente muito disputado pelas superpotências, que queriam ampliar seu número de aliados ou de países-satélites. Por isso, foi bastante intensa a atuação dos Estados Unidos e da União Soviética em quase todos os países africanos, dando apoio a governos amigos ou sustentando guerrilhas e movimentos separatistas, que em muitos casos perduram até os dias de hoje.
Do ponto de vista da geopolítica, há uma diferença fundamental entre as duas Áfricas. Na África Branca encontramos Estados-nações constituídos, com fronteiras muitas vezes definidas antes mesmo da colonização européia, ao passo que a África Negra se caracteriza sobretudo pela existência de Estados sem nações, isto é, Estados artificiais. Em outras palavras: as rivalidades entre os diferentes grupos étnicos são tão grandes que, ao menos até agora, impediram a formação do sentimento de pertencer à mesma nação. Isso ajuda a explicar por que esses países não conseguem colocar em prática uma política de desenvolvimento econômico, indispensável para diminuir a pobreza do continente e em especial da África subsaariana.
Os principais focos de tensão na África são:
• O chifre da África*. Ponto de passagem do oceano índico para o mar Vermelho, vive sob constantes conflitos militares, pois constitui uma região estratégica para a navegação internacional.
•O canal de Suez. Já foi – e talvez volte a ser – muito importante para o comércio mundial; une os mares Mediterrâneo e Vermelho e situa-se em pleno centro de conflitos entre árabes e israelenses.
•O mar Mediterrâneo. De grande importância para a Europa ocidental, vem se militarizando em virtude da crescente presença de árabes, especialmente líbios.
Entretanto, os aspectos geopolíticos mais importantes para o futuro da África são os que se referem aos conflitos internos, principalmente aqueles que ocorrem na África subsaariana. Afinal, as rivalidades entre os diferentes grupos énicos têm inviabilizado o desenvolvimento econômico de países cujos povos vivem nas mais precárias condições de vida do planeta.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

As conseqüências da colonização

Apesar das nações africanas terem se tornado independentes, são inúmeras as marcas da dominação colonial européia que permanecem até hoje nesse continente.
Os colonizadores impuseram aos africanos um modelo de economia e de sociedade típico dos povos europeus. Com isso, eles destruíram a organização social original desses povos.
Uma das conseqüências da dominação colonial é a economia defendente, subordinada ao mercado internacional capitalista. Antes da colonização, a economia desses povos era auto-suficiente, ou seja, eles produziam praticamente tudo aquilo do que necessitavam e quase não recorriam a trocas comerciais. Eram basicamente economias agrícolas e de subsistência. Os colonizadores destruíram essas economias e no seu lugar implantaram uma economia comercial, seja agrícola ou mineral, voltada para o mercado externo, isto é, para atender às necessidades dos países desenvolvidos.

sábado, 22 de novembro de 2008

O Apartheid

Além da destruição dos povos e suas culturas, houve na África o racismo, sendo de grande intensidade na África do Sul com a política de segregação racial, o apartheid.
Isso ocorreu a partir de 1911, onde ingleses e as populações brancas nascidas na África (os africâners) queriam o domínio sobre a população negra.Em 1948 teve início o regime de segregação racial, o apartheid, com a chegada ao poder do Partido Nacional. As leis impostas aos negros foram:
não tinham participação política;
não podiam ter os empregos com melhor remuneração;
tinham que viver em áreas longe das residências dos brancos;
não tinham acesso à propriedade de terra.
Começaram a haver resistências. Nelson Mandela, líder do Congresso Nacional Africano (CNA), organiza oposições ao governo.Muitos negros foram mortos quando faziam manifestações. Nelson Mandela acabou preso em 1962.
Depois de disputas pelo fim do regime, este começou a se enfraquecer.Outras nações fizeram pressão para o fim do apartheid, o que fez por desestabilizar a economia africana.
O governo necessitava de mudanças, e em 1987 o Partido Nacional não consegue votos suficientes para continuar no poder.O novo presidente Frederik de Klerk revoga as leis do apartheid.
Nelson Mandela foi solto em 1990 e voltou a dirigir a CNA. Ele ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1993 junto com Frederik Klerk, e em 1994 foi eleito presidente pelo CNA.

A partilha da África

No fim do século XIX e início do século XX, com a expansão do capitalismo industrial, começa o neocolonialismo no continente africano. Entre outras características, é marcado pelo aparecimento de novas potências concorrentes, como a Alemanha, a Bélgica e a Itália. A partir de 1880, a competição entre as metrópoles pelo domínio dos territórios africanos intensifica-se. A partilha da África tem início, de fato, com a Conferência de Berlim (1884), que institui normas para a ocupação. No início da I Guerra Mundial, 90% das terras já estão sob domínio da Europa.
A partilha é feita de maneira arbitrária, não respeitando as características étnicas e culturais de cada povo, o que contribui para muitos dos conflitos atuais no continente africano. Os franceses instalam-se no noroeste, na região central e na ilha de Madagáscar. Os ingleses estabelecem territórios coloniais em alguns países da África Ocidental, no nordeste e no sul do continente. A Alemanha conquista as regiões correspondentes aos atuais Togo, Camarões, Tanzânia, Ruanda, Burundi e Namíbia. Portugal e Espanha conservam antigas colônias. Os portugueses continuam com Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Angola e Moçambique, enquanto os espanhóis mantêm as posses coloniais de parte do Marrocos e da Guiné Equatorial. A Bélgica fica com o Congo (ex-Zaire) e a Itália conquista a Líbia, a Eritréia e parte da Somália.
Após a partilha ocorrem movimentos de resistência. Muitas manifestações são reprimidas com violência pelos colonizadores. Também são exploradas as rivalidades entre os próprios grupos africanos para facilitar a dominação. A colonização, à medida que representa a ocidentalização do mundo africano, suprime as estruturas tradicionais locais e deixa um vazio cultural de difícil reversão. O processo de independência das colônias européias do continente africano tem início a partir da II Guerra Mundial.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Problemas que o continente Africano enfrenta

O continente africano enfrenta alguns problemas ambientais, agravados pelo crescimento da população, pelo alto grau da pobreza e pela urbanização acelerada, o problema que mais se destaca é a escassez de água causada pela grande extensão de ares com climas áridos e pela pobreza da hidrografia. Em quase todo continente africano é difícil obter água potável, isso é observado em locais de muita pobreza, aspecto que caracteriza quase todo o continente, em geral, a população tem acesso à água sem tratamento, mesmo nas grandes cidades, o que contribui para a disseminação de doenças.
Outro grave problema ambiental é o uso de técnicas agrícolas ultrapassadas, como a queimadas.
A maior parte da população da áfrica que pratica a pecuária e a agricultura de substancia, usam as queimadas para limpar os terrenos antes de plantar. Alem de destruírem os nutrientes do solo e seus microorganismos, as queimadas o ressecam retirando a sua umidade natural.

Colonização da África

A dominação européia na África teve início no século XV. Ela foi conseqüência da expansão marítimo-comercial empreendida a partir daquela época pelos paises europeus. No início os europeus estabeleceram postos comerciais ao longo do litoral africano, nos oceanos atlânticos e índico, pois a África é ponto de passagem para os navios que vão da Europa para Ásia.
Uma das raízes mais profundas da dura realidade Africana é o mercado de escravos, que foi explorado por Árabes e Europeus entre os séculos XV e XIX. Mais de 11 milhões de seres humanos foram capturados por portugueses, holandeses, ingleses e franceses.
Com o grande desenvolvimento econômico europeu provocado pela revolução industrial e a independência das colônias americanas, a Europa começou a colonizar a África em meados do século XIX, ou seja, os europeus passaram a ocupar e tomar posse das terras africanas em vez de somente comercializar com os povos que ali viviam. Assim, nações européias importantes na época dividiram entre si o continente africano. Essa divisão ou partilha não foi tranqüila nem definitiva: houve guerras conflitos, terras de uma metrópole foram tornadas por outra, etc.Em outras palavras o processo de colonização foi implantado na África, dentre outros aspectos para gerar condições favoráveis de produção e comercialização da atividade fabril no âmbito da revolução Industrial que ocorria na Europa

sábado, 8 de novembro de 2008

Riquezas minerais e naturais

A África Subsaariana é muito rica em recursos minerais e energéticos, nela se localizam um dos maiores produtores do mundo. Podemos citar:
A África do Sul: Um dos maiores produtores mundiais de ouro e platina;
Nigéria: Um dos maiores produtores mundiais de Petróleo;
A República Democrática do Congo; Um dos maiores produtores mundiais de Diamante e Guiné: Um dos maiores produtores mundiais de minério e alumínio.
A maior parte dos recursos minerais e energéticos da África Subsaariana é explorada por empresas transnacionais.
A África do Sul é muito diversificada, lá temos ouro e platina, cobre chumbo, zinco, ferro e manganês e energéticos como: urânio, carvão mineral, e elevada potencia hidráulica. A áfrica do Norte é muita rica em Petróleo, sendo explorado, sobretudo, na Líbia e na Argélia – países integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e no Egito o que favoreceu o desenvolvimento, nesses países, da indústria petroquímica.
O continente atrai visitantes do mundo inteiro, especialmente no Egito, onde a existência de um dos mais expressivos patrimônios históricos mundiais ( As pirâmides de Gisé e a Esfinge, construídas no Egito há milhares de anos.) Um grande destaque também aos países que apresentam Parques Nacionais Marcados pela existência de uma diversificada fauna, como a África do Sul ( Parque nacional de Kruger), a Tanzânia ( Parque Nacional de Serengueti) e o Quênia ( Parque Nacional de Masai Mara)